Teoria do Big Bang
O primeiro a usar este nome para descrever a teoria
que explica a origem do universo de uma “explosão” primordial, foi o físico
inglês Fred Hoyle que propunha, na época, uma outra teoria para explicar a
origem do cosmos, a já derrubada “teoria do universo estacionário”.
Na verdade, a teoria do Big Bang, não diz que o
universo se originou de uma explosão propriamente dita, porque a ocorrência de
uma explosão pressupõe a existência de alguma coisa anterior que explodiu em um
meio preexistente. E, no caso do universo, tudo o que existe surgiu desse ponto
inicial. É difícil compreender e admitir que tudo surgiu do nada, por isso que
até hoje ninguém conseguiu uma explicação racional que explicasse o que havia
antes do Big Bang. As leis da física moderna não são capazes de explicar o que
ocorre em um ponto onde a temperatura e a densidade são possivelmente infinitas
em um volume igual a zero. Nem a teoria da Relatividade Geral, que foi uma das bases para a formulação da teoria
do Big Bang consegue explicar a existência de algo antes mesmo de haver o
tempo.
No início do século XX, Edwin Powell Hubble
observou que as galáxias estão se afastando umas das outras em um movimento de
centrífuga. Então ele e seu colega Milton L. Homanson, formularam uma equação
através da qual é possível calcular a velocidade de afastamento das galáxias com relação a Via
Láctea de acordo com a distância que estas se encontram de nós. Eles haviam
percebido que quanto mais distante uma galáxia se encontra de nós mais rápido é
seu movimento de afastamento.
Foi este afastamento que deu a base para que em
1927 Georges Lemaítre (cosmólogo belga) formulasse a teoria do Big Bang baseado
na teoria da relatividade de Einstein e nas equações de Alexander Friedmam.
Os Primeiros Continentes
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Pangéia foi o nome dado ao continente que, segundo a teoria da Deriva continental, existiu até 200 milhões de anos, durante a era Mesozóica. A palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (Pan) formando um único bloco de terra (Geia). Por outro lado, estudando-se a mitologia grega, encontramos: Pan, como o deus que simbolizava a alegria de viver, e Geia, Gaia ou Ge como a deusa que personificava a terra com todos os seus elementos naturais. Mapa - Pangéia
Gondwana: O supercontinente do sul Gondwana incluía
a maior parte das zonas de terra firme que hoje constituem os continentes do
Hemisfério Sul, incluindo a Antártida, América do Sul, África, Madagáscar,
Seychelles, Índia, Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia, e Nova Caledônia
Foi formado durante o período Jurássico Superior
há cerca de 200 milhões de anos atrás, pela separação do Pangea. Os outros
continentes nessa altura -- América do Norte e Eurásia-- ainda estavam
ligados, formando o supercontinente do norte, Laurásia.
Laurásia: O supercontinente do norte Laurásia
incluía os continentes que hoje constituem Hemisfério Norte, incluindo a
América do Norte, Europa e Ásia do Norte. A parte inferior do globo se
chamava Gondwana.
Laurásia/Gondwana |
Globo Terrestre ( Composição da terra -
Litosfera - Manto - Núcleo )
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Forma de representação esférica da superfície do nosso planeta.
O interior da Terra ou Globo
Terrestre
Como se pode conhecer as camadas geológicas abaixo de nossos pés e outras
estruturas localizadas no interior e no centro da Terra, situado a cerca de
6370 km de profundidade? Por meio de perfurações o homem tem acesso, direto,
apenas, aos primeiros quilômetros. Daí, para baixo, são, principalmente, as
ondas sísmicas, que revelam conhecimentos sobre o interior de nosso Planeta.
A propagação das ondas
sísmicas produzidas pelos terremotos ou fontes artificiais varia de
velocidade e de trajetória em função das características do meio elástico em
que trafegam. A correta interpretação do registro dessas ondas, através dos
sismogramas, permite inferir valores de velocidade e densidade tanto em
rochas no estado sólido, ou parcialmente fundidas, como naquelas situadas
próximas da superfície ou em grandes profundidades. Dessa forma, é possível
comprovar suposições sobre o estado dessas estruturas internas e outros
processos geológicos dentro do interior da Terra.
A imagem que se tem
sobre o interior da Terra, baseada principalmente nos conhecimentos da
sismologia, está sumarizada na Figura no início deste trabalho. O interior da
Terra possui três principais camadas: a
Crosta, uma fina casca que envolve todo
o planeta, o Manto (círculo amarelo) e o Núcleo que se
subdivide em "núcleo externo" (círculo laranja) e "núcleo
interno" (círculo vermelho). Essas camadas foram descobertas pela
análise da refração e da reflexão de ondas sísmicas.
Crosta
A camada mais externa
e delgada da Terra é chamada Crosta, cuja espessura média varia de 7 a 35 km
ao longo de uma seção cortando áreas continental e oceânica, como mostrado na
figura acima. Nas regiões montanhosas a crosta pode alcançar 65 km de
espessura. A mesma figura no início deste trabalho, sugere que a Crosta
Continental flutua acima de material muito denso do manto, à semelhança dos icebergs
sobre os oceanos. Esse é o Princípio da Isostasia que assegura que as
"leves" áreas continentais flutuem sobre um Manto de material mais
denso. Assim, a maior parte do volume das massas continentais posiciona-se
abaixo do nível do mar pela mesma razão que a maior parte dos icebergs
permanece mergulhada por debaixo do nível dos oceanos. Trabalhos sismológicos
vêm corroborando informações quantitativas para o mecanismo da isostasia.
Princípio da Isostasia
O iceberg e o navio flutuam porque o volume. De
igual forma, o volume relativamente leve da Crosta Continental, projetado no
Manto, permite a “flutuação “ da montanha .
O limite entre a Crosta e o Manto foi descoberto
pelo sismólogo croata Andrija Mohorovicic, em 1909 e é chamado de
Descontinuidade de Mohorovicic, ou Moho, ou simplesmente M. Apesar de
bastante variada, a Crosta pode ser subdividida em: Crosta Continental:
Menos densa e geologicamente mais antiga e complexa, normalmente apresenta
uma camada superior formada por rochas graníticas e uma inferior de rochas
basálticas, e Crosta Oceânica: Comparativamente mais densa e mais
jovem que a continental, sendo normalmente é formada por uma camada homogênea
de rochas
Manto
A porção mais volumosa (80%) de todas as camadas
internas é o Manto. Divide-se em Manto Superior e Manto Inferior. Situa-se
logo abaixo da Crosta e estende-se até quase a metade do raio da Terra. A
profundidade do contacto Manto-Núcleo (2.900 km) foi calculada pelo sismólogo
Beno Gutenberg, em 1913. O Manto é grosseiramente homogêneo, formado
essencialmente por rochas ultra-básicas e oferece as melhores condições para
a propagação de ondas sísmicas (para
distâncias epicentrais entre 2.500 e 10.000 km) recebendo a denominação de
"janela telessísmica".
No período de 1965 a
1970, os geólogos e geofísicos concentraram seus esforços para pesquisar as
primeiras centenas de quilômetros abaixo da superfície terrestre como parte
do Projeto Internacional do Manto Superior. Muitas descobertas importantes
foram feitas entre elas a definição de "litosfera"e
"astenosfera" com base em modelos de velocidades das ondas S.
Litosfera: É uma placa com cerca
de 70 km de espessura que suporta os continentes e áreas oceânicas. A Crosta
é a camada mais externa dessa porção da Terra. A litosfera é caracterizada
por altas velocidades e eficiente propagação das ondas sísmicas, implicando
condições naturais de solidez e de rigidez de material. A litosfera é a
responsável pelos processos da Tectônica de Placas e pela ocorrência dos
terremotos.
Astenosfera:
É
também chamada de zona de fraqueza ou de baixa velocidade pela simples razão
do decréscimo da velocidade de propagação das ondas S. Nessa região, em que
se acredita que as rochas estão parcialmente fundidas, as ondas sísmicas são
mais atenuadas do que em qualquer outra parte do Globo. A astenosfera, que se
estende até 700 km de profundidade, apresenta variações físicas e químicas. É
importante assinalar que é o estado não sólido da astenosfera que possibilita
o deslocamento, sobre ela, das placas rígidas da litosfera.
O Manto Inferior, que se estende de 700 km até 2900 km (limite do Núcleo), é
uma região que apresenta pequenas mudanças na composição e fases
mineralógicas. A densidade e a velocidade aumentam gradualmente com a
profundidade da mesma forma que a pressão.
Núcleo
Apesar de sua grande
distância da superfície terrestre, o Núcleo também não escapa das
investigações sismológicas. Sua existência foi sugerida pela primeira vez, em
1906, por R.D. Oldham, sismólogo britânico.
A composição do Núcleo
foi estabelecida comparando-se experimentos laboratoriais com dados
sismológicos. Assim, foi possível determinar uma incompleta mas razoável
aproximação sobre a constituição do interior do Globo. Ele corresponde,
aproximadamente, a 1/3 da massa da Terra e contém principalmente elementos
metálicos (ferro e níquel).
Em 1936, Inge Lehman,
sismóloga dinamarquesa, descobriu o contacto entre o Núcleo Interno e o
Núcleo Externo. Esse último possui propriedades semelhantes aos líquidos o
que impede a propagação das ondas S. O Núcleo Interno é sólido e nele se
propagam tanto as ondas P como as S.
Escala Richter
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Tempo Geológico
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Mesmo hoje a quantidade real de tempo geológico
decorrido, visto que e tremendamente grande, significa pouco, sem qualquer
base de comparação. Para este fim, têm sido inventados numerosos esquemas nos
quais, eventos geológicos chaves são localizados proporcionalmente, em
unidades de comprimento ou tempo atuais, de modo a tornar o tempo geológico
um tanto mais compreensível.
Comprimam-se. Por exemplo, todos os 4,5 bilhões
de anos do tempo geológico em um só ano. Nesta escala, as rochas mais antigas
reconhecidas datam de março. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares
em maio. As plantas e animais terrestres surgiram no final de novembro e os
pântanos, amplamente espalhados que formaram os depósitos de carvão
pensilvanianos, “floresceram” durante cerca de quatro dias no início de
dezembro. Os dinossauros dominaram nos meados de dezembro, mas desapareceram
no dia 26, mais ou menos na época que as montanhas rochosas se elevaram
inicialmente. Criaturas humanóides apareceram em algum momento da noite de 31
de dezembro, e as recentes capas de gelo continentais começaram a regredir da
área dos Grandes lagos e do norte da Europa a cerca de 1 minuto e 15 segundos
antes da meia-noite do dia 31. Roma governou o mundo ocidental por 5
segundos, das 23h: 59mim: 45s até às 23h: 59mim: 50s. Colombo descobriu a
América 3 segundos antes da meia-noite, e a ciência da geologia nasceu com os
escritos de James Hutton exatamente há mais que 1 segundo antes do final de
nosso movimentado ano dos anos.
Os especialistas interessados na idade total da
Terra comumente consideram o princípio quando a Terra alcançou sua
presente massa. Provavelmente, este era o mesmo ponto em que a crosta sólida
da Terra se formou de início, mas não se tem rochas que datem deste tempo
inicial. Na verdade, as evidências atualmente disponíveis sugerem que nenhuma
rocha permaneceu do primeiro bilhão de anos, mais ou menos, da história da
Terra. Antes do princípio, processos cósmicos desconhecidos estavam
produzindo a matéria, como a conhecemos hoje, para a Terra e para o nosso
sistema solar. Este intervalo incluímos no tempo cósmico. É o tempo, desde o
início da Terra, que constitui propriamente o tempo geológico.
1. A Cronologia das idéias sobre o Tempo
Geológico
Atualmente, a rocha mais antiga da Terra, datada
por espectrômetro de massa, tem idade 3,96 ba. E as rochas datadas mais
antigas foram as da lua e de meteoritos, com idades na ordem de 4,6
bilhões de anos.
A divisão do Tempo Geológico
As primeiras pessoas que tentaram entender as
relações geológicas de unidades de rochosas foram os mineiros. A mineração
era de interesse comercial desde o tempo dos romanos, mas não foi até 1500 e
1600 que estes esforços produziram um interesse em relações de rochas locais.
Notando as relações entre as diferentes unidades
de rochas, Nicolaus Steno, em 1669 descreveu dois princípios básicos da
Geologia. O primeiro que as rochas sedimentares são depositadas de forma
horizontal, e o segundo que as unidades de rochas mais jovens foram
depositadas sobre unidades de rochas mais antigas. Um conceito adicional foi
introduzido por James Hutton em 1795, e depois enfatizado por Charles Lyell
antes de 1800. A idéia era que processos geológicos naturais eram uniformes
em freqüência e magnitude ao longo de tempo, essa idéia conhecida como "Princípio do
Uniformitarismo".
Os princípios de Steno permitiram os
trabalhadores nos anos 1600-1700 começarem a reconhecer as sucessões de
rochas. Porém, as rochas eram descritas localmente pela cor, textura, ou até
mesmo pelo cheiro, comparações entre sucessões de rochas de diferentes áreas
não eram freqüentemente possíveis. O uso de fósseis foi o que permitiu
os trabalhadores correlacionarem áreas geograficamente distintas. Esta
contribuição foi possível porque os fósseis eram encontrados em amplas
regiões da crosta terrestre.
A outra maior contribuição para a compreensão
do tempo geológico veio dos agrimensores, construtores de canais e
geólogos amadores da Inglaterra. Em 1815, Smith produziu um mapa geológico da
Inglaterra no qual ele demonstrou a validade do princípio da sucessão
faunística. Este princípio simplesmente declarava que os fósseis seriam
encontrados nas rochas numa ordem muito definida. Este princípio conduziu
outros que se seguiram a usarem os fósseis para definir incrementos dentro do
tempo relativo.
A história da terra está hierarquicamente
segmentada em divisões para descrever o tempo geológico. Com unidades
crescentes de tempo, as divisões geralmente aceitadas são eon, era, período,
época e idade. Na escala do tempo mostrada, são representados só os dois
níveis mais altos desta hierarquia. O Eon de Fanerozóico representa o tempo
durante o qual a maioria de organismos macroscópicos, algas, fungos e plantas
viveram.
Quando foi proposta a primeira divisão de tempo
geológico, começando pelo Fanerozóico (aproximadamente 540 milhões de anos )
pensava-se que o mesmo coincidia com o começo de vida. Em realidade, esta
coincidia com o aparecimento de animais que eram envolvidos por esqueletos
externos, como conchas e alguns animais mais recentes com
esqueletos internos, tais como os elementos ósseos.
O tempo antes do Fanerozóico normalmente era
chamado Pré-cambriano, o que qualifica como um " eon " ou
" era ".
Em todo caso, o Eon Pré-cambriano normalmente é
dividido nas três eras: Hadeano, Arqueano e Proterozóico. O
Fanerozóico possui três divisões principais: as eras Cenozóico, Mesozóico e
Paleozóico.
O " Zoic " vem de "Zoo" que
significa animal. Esta é a mesma raiz como nas palavras Zoologia e Parque
Zoológico (ou Jardim zoológico). "Cen " quer dizer recente,
"Meso" quer dizer meio, e "Paleo" quer dizer antigo.
Estas divisões refletem as principais
mudanças na composição das faunas antigas, cada era sendo reconhecida
por dominação por um grupo particular de animais. O Cenozóico, às vezes foi
chamado a " Idade de Mamíferos ", o Mesozóico a "Idade
de Dinossauros" e o Paleozóico a " Idade
de Pesca ". Esta é uma visão demais simplificada que tem pouco
valor . Por exemplo, outros grupos de animais viveram durante o Mesozóico.
Além dos dinossauros, animais como mamíferos, tartarugas, crocodilos, rãs, e
variedades incontáveis de insetos também viveram na terra.
Adicionalmente, havia muitos tipos de plantas que
viveram no passado e já não vivem hoje. Floras antigas também passaram por
grandes mudanças, e nem sempre nos mesmos momentos em que os grupos animais
mudaram.
Veja algumas imagens que representam alguns
períodos do tempo geológico da Terra.
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